Quando devo ir ao hospital? Conheça 10 procedimentos que podem ser realizados no conforto de casa

Nem sempre a ida ao hospital é uma tarefa fácil. A falta de tempo – visto que, na maioria das vezes, aguarda-se horas por uma consulta – ou até mesmo a ausência de conhecimento sobre qual profissional procurar – faz com que as pessoas adiem os cuidados com a saúde. Esse efeito dominó pode levar ao envelhecimento precoce, avanço de doenças que se manifestam de maneira silenciosa e até mesmo à morte. Mas, afinal, qual é a hora certa de correr ao médico? 

Uma possibilidade é que fosse feito o movimento inverso, com a ida do profissional até a sua casa. Sobre isso, o médico Leonardo Martins conta que o atendimento domiciliar já é uma realidade para os capixabas, pois além do serviço particular, o formato também está sendo implantado pela rede pública de saúde do Estado, por meio do programa “Melhor em casa”. Ele explicou que a atenção domiciliar (conhecido como home care) é o atendimento domiciliar prestado por um profissional da área da saúde a um paciente que precisa de acompanhamento e auxílio durante um tratamento ou um processo de recuperação, seja ele temporário ou contínuo.

“Caiu e torceu o pé? Está sentindo palpitações intensas no coração, ou não para de vomitar e está com muita febre? Esse é o momento de correr para a unidade de saúde mais próxima. No entanto, há diversos procedimentos e assistências que podem ser realizados em casa, quando a internação hospitalar é facultativa, por exemplo. A atenção domiciliar tem se tornado muito importante porque promove um serviço humanizado, voltado para as necessidades de cada indivíduo, o que transforma sua rotina mais prática e a recuperação muito mais confortável”, avalia.

Leonardo Martins é Coordenador Médico da Pronep Life Care no Espírito Santo, empresa pioneira no setor de Atenção Domiciliar no país. Ele explica que a rotina de cuidados pode ser paliativa ou intensiva, a depender do quadro da pessoa e, em alguns casos, demanda não só a presença de uma equipe especializada, como também de equipamentos, aparelhos e instrumentos médicos na residência. “A desospitalização ajuda na otimização do uso do leito de hospital”, ressalta. 

Ele listou exemplos de procedimentos que podem ser feitos no conforto do lar.

São eles:

• Administração de medicamentos por via parenteral (subcutânea, intravenosa, intramuscular ou intradérmica)
• Curativos

• Treinamento de autocuidado ou de seus cuidadores

• Ostomias

• Oxigenação

• Reabilitação com atendimentos multiprofissionais específicos, entre eles:
– Fisioterapia respiratória e/ou motora
– Fonoaudiologia
– Terapia ocupacional
– Nutrição
– Psicologia
– Visitas médicas

• Internação domiciliar especializada, com foco total no cuidado ao paciente e atenção diferenciada nos procedimentos técnicos e de maior complexidade.

• Administração das medicações de alta complexidade a pacientes imunodeprimidos, recém diagnosticados ou já em tratamento.

• Acompanhamento populacional e de prevenção de agravos à saúde, com o objetivo de  prevenir o desenvolvimento das doenças crônicas, identificar comportamentos de risco e manter as pessoas saudáveis e livres de doença, com foco total na qualidade de vida.

Para qualquer idade

Diferente do senso comum, o atendimento domiciliar não se restringe a pacientes idosos que têm alguma limitação motora, seja parcial ou total. Pessoas de qualquer idade e gênero que apresentam doenças crônicas, autoimunes e deficiências físicas/mentais, por exemplo, também podem integrar a lista de pacientes frequentes. Isso porque o tratamento se torna mais prático e simplificado por meio desse tipo de serviço, sem falar, é claro, naqueles indivíduos que estão em período pós-operatório ou sofreram algum tipo de acidente e que também necessitam de assistência médica em casa.

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