A importância dos rins e os cuidados necessários

Atualmente, as doenças renais afetam mais de 850 milhões de pessoas em todo o mundo. No Brasil, estima-se que cerca de 21 mil pessoas necessitem começar o tratamento com diálise peritoneal ou hemodiálise anualmente, segundo dados do Ministério da Saúde. 

Em grande parte dos casos, os pacientes renais que fazem diálise seguem com o tratamento por toda a vida, caso não tenham a chance de fazer transplante, já que a probabilidade de recuperar o funcionamento dos rins é mínima. Portanto, é muito importante manter alguns cuidados para que os rins sigam cumprindo bem as suas funções.   
 

Continue a leitura e veja mais informações a seguir. 

Os rins e suas características 

Os rins são considerados um dos órgãos mais importantes do corpo humano. Eles fazem parte do sistema urinário e ficam localizados na parede posterior do abdômen, em ambos os lados da coluna vertebral. São glândulas de cor vermelha bem escura que se assemelham a um grão de feijão. 

Os rins recebem mais de 1 litro de sangue por minuto. De acordo com dados do SBN, essas glândulas poderosas filtram o sangue de uma pessoa 12 vezes por hora. 

Quais são as suas funções? 

Uma das funções do rim é filtrar o sangue, eliminando substâncias tóxicas, e controlar o equilíbrio de líquido no corpo. Outras atribuições essenciais são: 

• Eliminar elementos nocivos para o corpo como: ureia, amônia e ácido úrico através de um sistema de filtração sanguínea; 
• Controlar a quantidade de água e sais minerais no organismo, atuando na prevenção de inchaços e elevação de pressão arterial; 
• Agir na produção de glóbulos vermelhos e alguns hormônios como vitamina D, que auxilia na absorção de cálcio, e na renina, que ajuda a controlar a pressão arterial. 

Quando os rins deixam de desempenhar as suas funções corretamente é necessário realizar a diálise ou hemodiálise. Na diálise peritoneal, a filtração é feita pelo peritônio (membrana que reveste os órgãos abdominais). Neste procedimento, insere-se um cateter no abdômen do paciente para receber o soro, que absorve as toxinas por meio do peritônio. Já a hemodiálise consiste na filtração do sangue. A máquina recebe o sangue do paciente, retira as toxinas e devolve o sangue limpo. 

Quais são os sintomas comuns de problemas renais? 

Conforme vimos até aqui, os rins possuem um papel fundamental para manter o bom funcionamento do organismo. Por isso, é muito importante cuidar bem deles e ter atenção aos sinais que o corpo apresenta em casos de doenças renais.  

Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia, os sintomas mais comuns associados aos problemas renais são: 

• Dores e dificuldades ao urinar; 
• Inchaços nas pernas; 
• Náuseas e vômitos; 
• Urinar com muita frequência, em especial à noite; 
• Dores na lombar; 
• Aumento da pressão arterial; 
• Presença de sangue na urina; 
• Urina espumosa; 
• Histórico de cálculos renais; 
• Fadiga. 

De fato, vários problemas podem afetar os rins. Inclusive, existem algumas doenças renais bem comuns como: cálculos renais, insuficiência renal, cistos e tumores.   

No entanto, é importante saber que nem sempre as doenças renais apresentam sintomas. Por isso, o indicado é sempre buscar orientação médica e realizar exames de rotina regularmente.  

Quais são os fatores de risco? 

De acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia, existem alguns fatores de risco que podem desencadear doenças renais: 

• Hipertensão arterial; 
• Diabetes; 
• Nefrite; 
• Cálculos renais; 
• Infecções urinárias; 
• Lúpus; 
• Obesidade; 
• Histórico familiar de problemas renais; 
• Consumo de cigarro e bebidas alcóolicas. 

Quais os cuidados necessários com os rins? 

A prevenção sempre é o melhor caminho. Portanto, cultivar hábitos saudáveis ajuda a reduzir os riscos de desenvolver problemas.  

• Consuma no máximo 5g de sal por dia;  
• Beba pelo menos 2 litros de água diariamente; 
• Mantenha uma rotina de atividade física; 
• Não fume; 
• Tenha uma alimentação saudável; 
• Não faça uso de medicamentos sem orientação médica.  

Além disso, é importante consultar o médico regularmente e fazer os exames de rotina necessários.