Apesar de amplamente difundido no mundo, e familiar para boa parte dos brasileiros, o termo em inglês que representa a transferência do cuidado do hospital para a casa do paciente ainda pode gerar dúvidas
Maio/2021 – O atendimento na área de atenção à saúde abrange dois modelos: o hospitalar e o domiciliar, sendo este último popularmente conhecido como home care. De maneira simples, para entender o funcionamento desta modalidade – que cresce de forma significativa no país, é importante saber que ela envolve ações de promoção à saúde, prevenção, tratamento de doenças e reabilitação, desenvolvidas em casa por uma equipe multiprofissional.
A essência da “Atenção Domiciliar”, como é denominada no Brasil, é transferir o cuidado do consultório ou da rede hospitalar para a residência. “Essa prática traz benefícios para o paciente, como maior conforto e qualidade de vida. O contato com o ambiente doméstico e familiar atua de forma positiva no lado emocional e psicológico, o que aumenta a imunidade e traz respostas mais rápidas e eficientes ao tratamento” afirma a diretora médica Rosana Pais, da Pronep Life Care.
A especialista destaca que essa prestação de serviço é indicada no tratamento de diversas patologias ou em casos de reabilitação, quando não há mais necessidade de internação hospitalar. De acordo com a necessidade de cada paciente, pode envolver os cuidados de uma equipe multidisciplinar com médico, enfermeiro, nutricionista, fisioterapeuta (respiratória e motora), fonoaudiólogo, dentre outros. “O atendimento domiciliar é uma opção que prioriza o paciente, uma vez que, longe de hospitais e de internações longas, há menor risco de infecção hospitalar”, garante. Ela lembra que atenção domiciliar não se trata apenas do acompanhamento de idosos ou de doentes graves crônicos.
“O home care ajuda o paciente mais crônico, que está na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), precisando de um cuidado de alta complexidade, como uma alternativa de desospitalização. Neste caso, preparamos uma UTI dentro da casa do paciente – com todo mobiliário, equipamento, tecnologia e profissionais com assistência 24h – e o levamos para casa com toda segurança. Para isso, existe um conjunto de indicações específicas, bem claras, sobre as quais podem ser feitas este atendimento, sem que o paciente esteja em instabilidade hemodinâmica”, explica Rosana.
Desta forma, a médico lembra que é possível liberar este leito para quem está necessitando de forma mais aguda. “De maneira indireta, o home care também contribui, por exemplo, com uma pessoa acidentada, que precisa fazer a aplicação de um medicamento injetável, algo que acontece até com uma certa frequência. Para isso, esse paciente teria que se deslocar a uma unidade de atenção à saúde ou ambulatório, no entanto, se isso é feito dentro de casa evita-se uma série de riscos, especialmente, em tempos de pandemia, em que recomenda-se o isolamento social”, pontua.
Crescimento
A pandemia do novo coronavírus provocou superlotação nos hospitais de todo o país e o Brasil volta a conviver com o medo do colapso do sistema de saúde, seja pela falta de leitos ou pela escassez de insumos. Mesmo com o início da vacinação, os casos devem continuar crescendo até que a população seja totalmente imunizada.
Diante deste cenário, e do temor da população com relação à contaminação pela Covid-19, a procura por atendimento domiciliar cresceu em 2020. De acordo com a Pronep Life Care – marca do grupo Sodexo – pioneira no setor de home care no Brasil, houve um aumento de 36% no número de pacientes em atendimento, entre dezembro de 2019 até o mesmo mês do ano passado. No total, foram realizados 3.410 novos atendimentos.
O Brasil tem cerca de 830 empresas de home care, segundo último censo feito pelo Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) para o Nead (Núcleo Nacional das Empresas de Serviços de Atenção Domiciliar). A receita anual é estimada em R$ 10,6 bilhões, sendo 57,5% geradas por internações domiciliares (que custam, em média, 35% menos do que as hospitalares). O restante, 42% vem dos atendimentos em casa. Em 2019, foram atendidos cerca de 292 mil pacientes. Os números de 2020 ainda estão sendo compilados.
Segundo Hyran Godinho, CEO da Pronep, o principal papel do home care neste momento tem sido o de desafogar os hospitais. “A simples troca de curativo de um ferimento causado por acidente doméstico ou a aplicação de uma injeção e antibiótico endovenoso, por exemplo, que por vezes necessitariam uma visita ou internação no hospital, podem ser realizados em casa, por um profissional treinado”.
Este processo diminui a chance de o paciente se expor ao risco de contrair a Covid. “A reabilitação, principalmente respiratória, da Covid também pode ser feita na casa do paciente com toda assistência de fisioterapia e equipamentos, inclusive usando como suporte a telemedicina. O setor de home care está à disposição para ajudar a desafogar o sistema de atenção à saúde”, finaliza.
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