Quais são as causas da meningite?

No Brasil, costumam surgir casos de meningite ao longo de todo o ano, sendo o público do sexo masculino e as crianças menores de cinco anos os mais atingidos pela doença. 

A meningite pode ser provocada por vírus, fungos ou bactérias, sendo a bacteriana a forma mais grave. 

Por se tratar de uma doença considerada grave, é muito importante procurar atendimento médico em caso de sintomas. 

Neste artigo, vamos entender como ocorre a meningite, bem como os cuidados necessários.   

Continue a leitura e veja mais detalhes!     

Entenda como ocorre e os tipos  

A meningite é uma inflamação das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal, podendo ser classificada como: 

Meningite bacteriana 

Essa é uma das formas mais comuns da doença, onde as bactérias passam entre pessoas, através de vias aéreas, pelo contato de secreções do nariz e da garganta. Outra forma de contágio ocorre pelo consumo de água, alimentos e fezes contaminados. 

Meningite viral 

Conforme o próprio nome diz, neste tipo da doença a transmissão se dá através de vírus, podendo ocorrer pelo contato com uma pessoa, objetos ou superfícies, água, alimentos crus e fezes. Além disso, alguns mosquitos com o vírus também podem transmitir a doença. 

Meningite fúngica 

Nesse caso, o contágio ocorre através da inalação de partículas de fungos que vão para os pulmões atingindo as meninges. Alguns tipos de fungos são encontrados em locais com fezes de aves ou em solos contaminados. Além disso, existe um fungo chamado Cândida, geralmente comum em hospitais, que pode provocar meningite. 

Meningite parasitária 

Dessa forma, a doença é causada por parasitas, e a transmissão ocorre apenas através do consumo de alimentos contaminados.  

Diante dos riscos de evolução da doença, é essencial estar atento aos sinais que o corpo manifesta e saber identificar a meningite. Alguns dos sintomas podem variar de acordo com o tipo de meningite, sendo os mais comuns:  

  • Febre;
  • Dor de cabeça;
  • Rigidez na nuca; 
  • Náuseas; 
  • Vômitos; 
  • Sensibilidade à luz;  
  • Confusão mental. 

De acordo com o Ministério da Saúde, quando se trata de bebês, é importante observar outros sintomas como: 

  • Gemido quando tocado; 
  • Inquietação com choro agudo; 
  • Moleira tensa ou elevada; 
  • Rigidez corporal com movimentos involuntários ou corpo “mole”. 

Diagnóstico  

O diagnóstico da meningite ocorre por meio de avaliação médica que envolve a observação dos sintomas e o histórico do paciente. 

O especialista pode solicitar a realização de exames de sangue. Além disso, de acordo com informações do Ministério da Saúde, existem alguns testes específicos de coleta que ajudam no diagnóstico: 

  • Exame quimiocitológico do líquor; 
  • Bacterioscopia direta; 
  • Aglutinação pelo Látex; 
  • Reação em Cadeia da Polimerase em Tempo Real (qPCR). 

No entanto, vale ressaltar que a coleta de líquido cefalorraquidiano (líquor) auxilia na identificação do agente que está provocando a doença. No caso, quando o líquor é límpido e incolor, considerado como “água de rocha”, não apresenta infecção.  

Por outro lado, nos quadros clínicos de infecção, o líquor apresenta uma elevação de células que causam turvação e variam conforme o tipo e a quantidade. Dessa forma, o teste de líquor é fundamental para identificar o agente e indicar o tratamento apropriado. 

Tratamento 

Por conta dos riscos que a doença pode causar, os casos suspeitos de meningite são orientados à internação hospitalar. Por isso, ao suspeitar da doença, é importante buscar o pronto-socorro para uma avaliação médica imediatamente. 

Após o diagnóstico da meningite, o tratamento ocorre de acordo com o grau e o tipo do agente causador da doença. No caso da meningite bacteriana, realiza-se o uso de antibioticoterapia no hospital, que engloba uma medicação com dosagens administradas pelo médico.  

No entanto, em caso de meningite viral, não ocorre tratamento com medicação antiviral. No geral, a pessoa é internada e passa por observação quanto aos sintomas graves. Como em grande parte das viroses, o paciente se recupera ao longo do tempo. 

Quando se trata das meningites fúngicas, o tratamento possui maior duração e é realizado através de medicamentos antifúngicos. No caso das meningites parasitárias, a medicação para o combate da infecção e para o alívio de sintomas é administrada pelos especialistas em pacientes internados. 

Prevenção 

A meningite pode ser provocada por diversos agentes, para alguns, existem ações de prevenção como a quimioprofilaxia. Além disso, existem as vacinas que ajudam na imunização no caso de meningite bacteriana.  

Atualmente, existem alguns tipos de imunizantes contra a meningite no calendário nacional de vacinação infantil. De acordo com o Ministério da Saúde, entre elas estão: 

  • Vacina meningocócica C (Conjugada): protege contra a doença meningocócica causada pelo sorogrupo C. 
  • Vacina pneumocócica 10-valente (conjugada): protege contra as doenças invasivas causadas pelo Streptococcus pneumoniae, incluindo meningite. 
  • Pentavalente: protege contra as doenças invasivas causadas pelo Haemophilus influenzae sorotipo B, como meningite, e também contra a difteria, tétano, coqueluche e hepatite B. 
  • Meningocócica C (Conjugada): protege contra a doença meningocócica causada pelo sorogrupo C. 
  • Meningocócica ACWY (Conjugada): protege contra a doença meningocócica causada pelos sorogrupos A, C, W e Y. 

O recomendado é que todas as crianças menores de cinco anos sejam imunizadas conforme o esquema de vacinação e campanha anual.  

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